Tener buen diente, en Galicia … ¡¡¡es bueno para la mente !!!

Orujo de brujas. Galicia otra vez ? O mês da Galiza e do marisco onde as festas não faltam, em nome dum Esconjuro (desde 1967). Aproveito para partilhar algumas das expressões desta região, que nunca esqueci e que são comuns em Portugal e no Brasil. A maioria dos portugueses já as sentiram mas recomendo pelo menos 10, escolhidas por mim: “Ter bom dente” alguém que é bom comedor; “Parece um pau de virar tripas”  pessoa magra; “Tarde piaste”  decisão tomada tarde de mais; “Tem que se lhe diga”  assunto  questionável; “Sentir um novelo no estômago”  angústia, desgosto ou preocupação que ataca ao estômago; “ …num sopro”  período breve de tempo; “Cabeça de vento” pessoa distraída, pouco responsável; “Meter o focinho em todo”  assumem assuntos sem serem parte interessada; “Encher o olho” explica o que lhe causa satisfação; “Meu dito, meu feito” cumprimento imediato do que acabou de ser enunciado.  A lista é muito maior do que estas simples expressões, mas estas aproximam a ideia que sempre defendi, da cumplicidade que exitiu entre os povos da Galiza e do Norte de Portugal.  Um bom motivo para nos levar as palavras sábias do Esconjuro, “Mochos, corujas, sapos e bruxas. Demónios, trasgos e diabos, espíritos das enevoadas veigas. Corvos, píntigas e meigas: feitiços das mezinheiras. Podres canhotas furadas, lar dos vermes e alimárias. Fogo das Santas Companhas, mau-olhado, negros feitiços, cheiro dos mortos, trovões e raios. Uivar do cão, pregão da morte; focinho do sátiro e pé do coelho. Pecadora língua da má mulher casada com um homem velho. Averno de Satã e Belzebu, fogo dos cadáveres ardentes, corpos mutilados dos indecentes, peidos dos infernais cus, mugido do mar embravecido. Barriga inútil da mulher solteira, falar dos gatos que andam à Janeira, guedelha porca da cabra mal parida. Com este fole levantarei as chamas deste fogo que assemelha o do Inferno, e fugirão as bruxas a cavalo das suas vassoiras, indo se banhar na praia das areias gordas. Ouvi, ouvi! os rugidos que dão as que não podem deixar de se queimar na aguardente ficando assim purificadas. E quando esta beberagem baixe pelas nossas goelas, ficaremos livres dos males da nossa alma e de feitiço todo. Forças do ar, terra, mar e fogo, a vós faço esta chamada: se é verdade que tendes mais poder que a humanas pessoas, aqui e agora, fazei que os espíritos dos amigos que estão fora, participem connosco desta Queimada!”. Se ainda não experimentou, experimente, vai gostar, porque tudo isto é enredado por festas tradicionais Galegas, onde a temática do Halloween é acompanhada por uma bebida forte para acompanhar as festividades da Queimada. Os galegos acreditam que é uma bebida mágica, de partilha com amigos, com propriedades sobrenaturais para afastar os espíritos e mau-olhado.  Venha daí que não esquecerá…Buhos, lechuzas, sapos y brujas; Demonios, duendes y diablos…