Tecmaia recebe evento sobre PRR- Portugal 2030
A APD Portugal realizou em conjunto com a Deloitte, uma conferência sobre o tema “PRR- Portugal 2030”, no passado dia 24 de março, no TECMAIA. Com o apoio do Maia Hoje e da AE Maia, o auditório contou com a presença de cerca de 220 inscritos, entre os quais personalidades do município, assim como vários empresários, especialistas, administradores, diretores e gestores de diversas empresas.
O evento teve as palavras iniciais do vice-presidente da APD Portugal, António Coutos dos Santos, que começou por fazer um apelo «aos decisores políticos, que moderassem o discurso em termos ideológicos, quanto aos empresários. Nós precisamos de empresários para investir em Portugal, para criar emprego e riqueza». Ainda no seu discurso, o vice-presidente sublinhou que «gostaria de ver um quadro estratégico claro daquilo para onde vamos (…) para que os empresários possam saber como podem investir».
A abertura ficou a cargo do presidente da Câmara Municipal da Câmara da Maia, António Silva Tiago, que começou por agradecer a escolha do local da sessão. No seu discurso, o autarca começou por partilhar o seu ponto de vista à cerca do Programa de Resiliência e Recuperação (PRR) «esta é uma oportunidade de ouro para modernização da nossa economia, à qual devemos dedicar toda a nossa competência e inteligência estratégica e operacional». Considerando-se um «otimista por natureza», o presidente exprimiu as suas dúvidas quanto aos prazos do PRR «encerram um gigantesco e incontornável desafio que até a mim (…) me faz duvidar». Termina, desejando uma «profícua e excelente jornada, esperando que se sintam, aqui na Maia, na vossa casa».
Seguiu-se a intervenção do presidente na Estrutura Missão Recuperar Portugal, Fernando Alfaiate, que em entrevista ao Maia Hoje explicou o papel desta estrutura «tem como objetivo fazer o reporte de toda a execução do PRR; articular com a Comissão Europeia nos pedidos de reembolso (são feitos semestralmente e recolhidos nas entidades nacionais)». O presidente sublinhou a importância deste tipo de eventos, direcionado para empresários «há sempre um défice de informação, que a este nível devemos colmatar, esclarecer e informar os potenciais beneficiários ou até mesmo os beneficiários que têm projetos aprovados no concreto (…) justificar os benefícios que estes apoios, estando disponíveis, podem significar para o aumento da competitividade das empresas, para a transformação do nosso tecido empresarial, que é um objetivo muito importante a ser alcançado».
Susana Enes, partner da Deloitte foi a oradora seguinte, que sintetizou o panorama atual de incentivos ao investimento em Portugal; as dimensões e componentes do PRR; o regime geral de aplicação dos fundos europeus do Portugal 2030 e os principais desafios.
A Deloitte presta serviços de auditoria e garantia, assessoria financeira, consultoria de risco, entre outros, e tem «uma equipa completamente especializada no tema dos fundos europeus, constituída por 55 pessoas que trata da sensibilização e informação, ver as melhores opções de cofinanciamento, preparação das candidaturas, negociação e acompanhamento dos projetos» começa por explicar Nuno Ferreira, partner da Delloite. No fundo «tentamos dar o maior conforto aos empresários para que invistam e depois tenham maximização dos seus apoios na natureza financeira e fiscal».
No que diz respeito à necessidade de os empresários recorrerem aos fundos comunitários, o especialista considera «bastante importante para alavancar e potenciar as iniciativas de apoio ao investimento (…) havendo esta intenção de investimento e esta oportunidade, muito francamente, acho que faz todo o sentido haver esta adequação daquilo que é o investimento».
Por último, seguiu-se o painel de exposição e debate com Fernando Alfaiate; Fernando Gomes, Coordenador do Núcleo Estratégico de Desenvolvimento da Câmara Municipal da Maia; Nuno Ferreira e Carlos Van Zeller e Silva, Vice-CEO da Altri. Depois da conversa, o público pôde colocar questões sobre o que foi discutido.
No final, Fialho de Almeida, presidente do conselho de administração do Espaço Municipal- Entidade Gestora do Tecmaia, fez um balanço positivo deste evento «troquei algumas impressões com as pessoas que aqui estão e percebi que estavam todas ávidas de conhecer mais coisas que aqui tivemos resposta» e sublinhou a presença de Fernando Alfaiate «é uma pessoa bastante conhecedora destes meios todos e dos fundos e isso trouxe-nos uma mais valia tremenda».
Dália Petiz, diretora geral da APD Portugal, também fez um balanço positivo «tivemos 220 inscritos, uma plateia bastante interessante, assim como as perguntas que foram colocadas pelo público». Assim como o engenheiro Fialho de Almeida, a diretora destacou a presença de Fernando Alfaiate «deu um testemunho bastante esclarecedor relativamente às políticas».
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