Olhares pedagógicos sobre… Ensino Remoto de Emergência 2.0
Voltamos a ter outro ano letivo atípico, deixando a comunidade educativa num estado de ansiedade no que respeita ao modelo de uma Educação que se pretende estável, credível e proficiente para a aprendizagem.
A verdade é que se menospreza a aposta numa integração gradual e pedagógica da tecnologia ao serviço da Educação, o que levou, obviamente, ao encerramento das atividades letivas, por esta continuar ao fim de 10 meses, desde o primeiro confinamento, a não ser planeada. Porém, neste momento estão as escolas a preparar em 15 dias, o que não se preparou em anos, com a natural retoma da versão 2.0 do chamado Ensino Remoto de Emergência, uma fraca solução dentro do que já era possível.
Neste tempo em que as atividades letivas estão suspensas, é fundamental, que as famílias possam manter as crianças com rotinas, envolvidas na aprendizagem até ao regresso da Escola presencial ou online.
Em casa, essa rotina poderá ser criada numa programação diária com as crianças, que deve incluir atividades relacionadas com matemática do quotidiano, a leitura de histórias ou notícias e conversar sobre as mesmas, visualizar vídeos históricos, analisar mapas e roteiros, criar experiências, entre várias atividades que se podem interligar com disciplinas escolares. Mas é, sobretudo, na atribuição do papel da escolha das atividades pelas crianças, que nos devemos centrar. Estas devem ser rotativas nos dias, e podem ser o desenhar, colar, recortar, pintar, dramatizar, cantar, dançar, saltar, construir, cozinhar, fazer tarefas domésticas,… Este plano não tem de ser controlado como um horário escolar e deverá ser flexível, mas ajuda a manter uma rotina, responsabilizando cada um dos membros da família, criando objetivos e atividades comuns.
Comentários (1)
“ Este plano não tem de ser controlado como um horário escolar e deverá ser flexível, mas ajuda a manter uma rotina”…pode ser mais concreto neste ponto? Obrigado.