Olhares pedagógicos sobre… ensino híbrido
Iniciámos o 2.º período escolar com o dilema de confinar ou não as escolas e, deste modo, retomar, o que a sociedade, erradamente, denominou, o “ensino online”.
Mas, porque é que não devemos ou podemos confinar as escolas a “esse” ensino online?
Será porque não funciona? Será porque as aprendizagens não são significativas? Será que a escola, professores e alunos, pais e famílias ou os contextos digitais não estão prontos?
Na realidade, a resposta a estas questões é deprimente, uma vez que nunca existiu um verdadeiro ensino online, mas sobretudo, porque não se aproveitou o 1.º período para preparar o que se antevia, e criar as condições técnicas e pedagógicas para um ensino híbrido.
Se por um lado, permanece uma Escola pública sem equipamentos, rede de internet e software que promova equidade para a aprendizagem. Por outro, os docentes, salvo algumas exceções, não têm formação em modelos pedagógicos para trabalhar online ou em formatos mistos. O ensino híbrido pressupõe preparação de outro tipo de atividades, curtas, interativas e com processos de avaliação adequados. Assim, a Escola não pode confinar, pois, esta depende do modelo presencial para ter sucesso, porque está a desperdiçar uma oportunidade de reinvenção.
Independentemente da pandemia, urge criar uma rotina para alunos em aprendizagem online ou híbrida, e esta pode ser feita, em contexto de sala de aula, para que todos aprendam novas rotinas, ganhem autonomia e combatam as incertezas que perturbam a aprendizagem.
Numa aula presencial, as rotinas permitem que os alunos saibam quando entrar, sair, sentar, completar tarefas, e isso ajuda a focar na aprendizagem. O modelo híbrido, para que tenha sucesso, também precisa que os alunos, professores e famílias se familiarizem com o ambiente virtual.
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