O dia em que a Praça transbordou
Rubrica Maiahoje “Há 20 anos” – edição 16 de 23 de setembro de 2000.
Há 20 anos, numa altura em que o MaiaHoje denunciava o estacionamento abusivo de camiões TIR no centro da cidade, Águas Santas e Castêlo da Maia comemoravam o 14º aniversário da elevação a Vila e pedia-se uma “escola C+S” para a primeira.
Kika Santos, Silence 4 e Da Weasel prometiam para o fim-de-semana, um Festival Jovem 2000 de arromba dando continuidade aos cerca de 20.000 que passaram pela Praça Vieira de Carvalho no “Mega Festival Prosom”. Este levou cerca de 30 artistas nacionais, numa maratona de mais de 7 horas naquela que terá sido, mesmo passados 20 anos, a maior enchente de sempre daquele recinto.
Um Centro Comercial do concelho propunha a “A Aventura da Reciclagem”, uma exposição cujo objectivo seria «alertar o público em geral sobre os problemas ambientais e o papel do homem».
Os “Encontro com a Arte”, em Moreira, iam na 14ª edição, reuniam 180 trabalhos de pintura, 65 de escultura, artesanato e arte sacra, tornando esta uma das iniciativas culturais mais importantes do concelho à época.
Num protocolo firmado com a “Centro de Educação XXI”, a CM Maia criou centros de educação/ formação em informática no Complexo Municipal de Piscinas de Águas Santas, e no Complexo Municipal do Ténis da Maia, destinados a jovens entre os 5 e os 15 anos, dando prioridade aos mais desfavorecidos.
No Castêlo da Maia, foi descerrado, na Quinta da Gruta, um busto de Carlos Alberto Almeida, uma figura que se dedicou à arqueologia e deixou marcas profundas nos castelenses enquanto sacerdote.
O Folgosa da Maia FC, inaugurava novas bancadas e queria chegar aos nacionais. Naquela freguesia festejava-se também S. Frutuoso, mas já sem o fulgor de outros tempos onde o destaque era a venda dos apreciados melões e melancias.
Em Barca, festejava-se o Senhor do Monte de Santa Cruz e os artistas Romana, Ana e José Malhoa, enchiam os palcos.
Em Milheirós, a “Festa de Verão” apelava ao convívio entre o caldo verde, a sardinha assada, as fêveras, e demais iguarias, não faltando o bailarico.
Em Vermoim, o “3º Verão Cultural”, depois da Feira do Livro, terminava com a peça de teatro “Tchekov Blues Bar – A casa das Histórias”. Maria Mamede do “Movimentum – Arte e Cultura”, lançava o livro “Retratos” e Ivone Delgado e Bruno Pedro, apresentavam o CD “Sons do Vento”.
No Fórum da Maia expunha-se uma amostra considerável da obra de pintura do asiático Mio Pang Fei, considerado um dos expoentes máximos da pintura na China.
Uma página dedicada à informática era inaugurada no MH «O Mundo da Informática é um mundo com características muito próprias, em que quase tudo o que é verdade hoje se torna mentira amanhã, onde as leis do jogo estão sempre a ser alteradas e onde uma pessoa pode facilmente ficar deslocada da realidade» lia-se.
A 21 de Setembro era criada a “Associação Jurídica da Maia” com o intuito de estudar, divulgar e formar, no domínio do Direito, bem como na Ciência e Práticas Judiciárias.
Na vertente empresarial dava-se destaque a Maivex, empresa de comércio de veículos Mitsubishi, que tinha inaugurado, no dia 15, as suas novas instalações.
No desporto, destaque para a inauguração do Pavilhão Municipal de Águas Santas III – Formigueiro. Fernando Borges preparava-se para dar início à sua participação no Campeonato de 125.
Na vizinhança, o Futebol Clube de S. Romão, de S. Romão do Coronado, Trofa, estava de regresso ao futebol sénior.
No andebol, o Torneio Internacional Cidade da Maia foi vencido pelo FC Porto, enquanto que em Ponte de Lima o Grande Prémio de Portugal de Corridas de Cavalos, era vencido por João Cunha da quadra “HA2”.
Manuel de Oliveira Gonçalves, após dois anos, tentava dar nova vida ao Desportivo de Barca, apostando na formação e competição em Juniores, Iniciados e Infantis. Já em Milheirós, no Inter, esperaram-se seis anos para ver de novo competição sénior.
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