Maiato tem carro no Museu Mercedes-Benz em Estugarda
O Mercedes-Benz 200D W124, de 1988, percorreu 1,9 milhões de km ao longo de 13 anos como táxi, no Porto. Viatura foi para o Museu… a rolar. Leia estas e outras notícias na edição em papel nº521, de 20 de agosto, do seu Maia Hoje.
O maiato José Mota Pereira, motorista de táxi, viu o seu carro ser alvo de interesse por parte da Mercedes, em 2006.
Em entrevista à rubrica “SocInterview”, da Sociedade Comercial C. Santos, José conta que a marca “procurava um carro que tivesse muitos quilómetros” e que “estivesse em bom estado de conservação”. Ambos os fatores terão motivado a marca a interessar-se, tendo posteriormente entrado em contacto com José Mota Pereira para “negociar o carro e dispensá-lo à Mercedes”.
A ida para Estugarda, na Alemanha
Para que a Daimler tivesse acesso aos registos de quilometragem das viaturas, foi feito um pedido à Mercedes-Benz de forma a que pudessem ver essas mesmas informações, junto da rede de oficinas oficiais da marca.
Foi através da Sociedade Comercial C. Santos que a Mercedes chegou ao motorista maiato. O modelo 200D W124, de 1988, foi adquirido por cinco mil euros, valor comercial do carro à época.
Entretanto, o automóvel cobiçado foi substituído pelo táxi que José Mota Pereira conduz atualmente, um Mercedes-Benz Classe E W210, de 2001, sendo que o anterior estava a ser utilizado pelo filho. “Tinha-lhe oferecido o carro porque ele adorava-o. O meu filho mais velho dizia ‘tu não tens garagem suficiente para guardar o carro, vais ter dificuldades, deixa-o ir porque ao menos, assim, vamos à Alemanha dar um passeio e vemos o carro lá na Mercedes. Eles lá vão estimá-lo melhor do que tu estimas aqui’ ”.
Uma vez tomada a decisão de vender o carro à marca, a história ganha mais uma particularidade. Nestas situações os veículos são levados para a Alemanha transportados por um camião, mas com o 200D W124 de José não foi esse o sucedido. O técnico da Daimler que veio buscar a viatura ao Porto decidiu cancelar o tradicional transporte, assim que viu o estado de conservação da viatura. Assim sendo, regressou a Estugarda a conduzir o Mercedes português.
O carro que fez parte da família
O estimado automóvel não só fez parte da vida profissional de José Mota Pereira, como da sua vida pessoal. Falar do W124 é como falar de um membro da própria família. “Evito muitas vezes falar desse carro, porque às vezes a gente faz um papel assim um pouco chato ao emocionar-se por causa de um carro. Não é o carro. O carro fez parte da nossa vida e foi uma peça de ferramenta que nos ajudou”, conta o motorista de táxi dizendo ainda que o Mercedes o acompanhou “em várias situações difíceis, muito difíceis e que ele é que suportou a carga maior”. O maiato sublinha também que “aquele carro nunca andou em cima de um camião por avaria”.
A ligação de José à Mercedes e à Sociedade Comercial C. Santos tem décadas, fazendo com que, como cliente, diga que é “muito estimado na Mercedes e as pessoas são muito atenciosas”.
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