LIGA: Na despedida do Dragão, Taremi salva FC do Porto na última jogada
Com o André Villas-Boas pela primeira vez na tribuna como presidente do FC do Porto, Boavista e FC do Porto entravam em campo a precisar de ganhar, ou no mínimo empatar por motivos diferentes. O primeiro para garantir a manutenção, o segundo para evitar chegar a Braga, na última jornada a precisar de vencer.
Apesar desta necessidade, os primeiros 45 minutos praticamente não existiram, parecendo que as equipas faltaram ao jogo, seguindo o exemplo dos Super Dragões que também não marcaram presença, e sem eles e o seu apoio, sobressaia o apoio dos Panteras Negras presentes no estádio, pois o público da casa só a espaços acordava para algum apoio.
Apesar desta apatia, já quase no intervalo, houve duas oportunidades, uma para cada lado. Primeiro Salvador Agra a obrigar a grande defesa de Diogo Costa, e logo a seguir Pepê, com um remate potente à barra.
Na metade complementar os Dragões vieram mais afoitos, mas continuavam inconsequentes até que numa descida do Boavista, aos 59 minutos, no seguimento de um mau alívio da defesa portista, a bola chega a Bruno Lourenço, que evita um adversário, remata em jeito e colocado, de tal forma que Diogo Costa, não conseguiu chegar à bola, fazendo assim o golo axadrezado, e colocando o Boavista em boa posição para se manter na Liga, ao mesmo tempo que criava ainda mais dificuldade ao FC do Porto.
Só que o futebol tem sempre surpresas e pouco depois o Boavista ficou reduzido a 10, depois de Malheiro ver o segundo amarelo após uma entrada imprudente sobre Taremi, deixando a sua equipa mais exposta.
A partir daí quase só deu FC do Porto, com jogadas sucessivas de ataque, perigo e quase golo, sem que a bola entrasse, o que só viria a acontecer no desenrolar de mais uma jogada de envolvência, com Otávio a fazer uma rosca quando pretendia rematar à baliza, a bola a ir para o local onde surgiu Zé Pedro a rematar de cabeça e a fazer o empate, quando apenas faltavam 9 minutos para o final do jogo, mas que haveria de ter mais 7 minutos por conta de algumas perdas de tempo com lesões, sobretudo depois do Boavista estar em vantagem.
Com o empate, o estádio acordou para o apoio, e as oportunidades continuaram a acontecer, no entanto, a bola teimava em não entrar, e foi já no desconto sobre os descontos, que Francisco Conceição, centrou com conta peso e medida para a desmarcação de Taremi, que de forma imperial aproveitou, fez o golo, garantiu a vitória do FC do Porto e com isso alguma vantagem sobre o Braga para a “final” do próximo domingo, onde apenas não pode perder, para garantir o terceiro lugar e o acesso à Liga Europa na próxima época.
Este golo, além de garantir a vitória, está carregado de simbolismo para o atleta uma vez que era o seu último jogo no Dragão, motivo pelo qual se ajoelhou a chorar, após esta conquista.
Para o Boavista foi inglório perder a poucos segundos do fim, mas a verdade é que podia ter acontecido em várias oportunidades antes. Relativamente à garantia de não descida basta-lhe conseguir um ponto no último jogo em casa frente ao Vizela, e mesmo perdendo ainda pode garantir a manutenção se o Portimonense não vencer o seu jogo.
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