Liga Europa: Frente ao Olympiacos, FC do Porto soma quarta derrota consecutiva, 60 anos depois.
O FC Porto recebeu o Olympiacos num confronto crucial da Liga Europa. Ambas as equipas precisam da vitória para melhorar as suas posições na tabela. O FC Porto, sob o comando interino de José Tavares, procurava estabilidade após a saída de Vítor Bruno, com quem a equipa tinha dificuldades, depositando em Samu esperanças para desequilibrar, mas para isso era preciso que a bola lá chegasse em condições, o que raramente acontecia, antes e se manteve hoje, passando este quase ao lado do jogo.
O Olympiacos, por sua vez, veio para aproveitar a instabilidade portista, procurava manter ou subir do 15º lugar que ocupava antes do início, enquanto o FC do Porto estava mais atrás na 19º. A equipa grega vinha demonstrado alguma solidez defensiva, precisando melhorar a sua eficácia no ataque. Esperava-se, portanto, um jogo equilibrado e disputado, com ambas as equipas a procurarem o ataque, mas no decorrer do jogo mais parecia que ambas jogavam para o empate. O FC Porto, jogando em casa, podia ter um ligeiro favoritismo, mas o Olympiacos tinha os seus argumentos para dificultar a vida dos portistas, o que foi fazendo, para além de tentar parar o jogo e demorar o mais possível.
Assim, nesta partida da jornada sete da edição da Liga Europa 24/25, no Estádio do Dragão, num jogo mais cedo que o habitual, iniciado pelas 17h45 e dirigido pelo árbitro francês Clément Turpin, o treinador interino José Tavares surpreendeu com a entrada de Tiago Djaló para o lugar de Otávio, de Francisco Moura na defesa, de Varela no centro junto com Rodrigo Mora, e contra algumas expetativas depois do que aconteceu nos últimos dias, a colocação de Pepê a titular, que haveria de sair sem ter justificado minimamente a chamada.
Na equipa adversária destaque para o regresso ao Dragão de David Carmo, a titular e Sérgio Oliveira, embora este sentado no banco.
Assim, apesar das necessidades de pontuar, para pelo menos garantirem acesso ao playoff, assistiu-se a uma primeira parte morna, mais grave da parte dos Dragões, que com menos um ponto, estavam mais necessitados em subirem na tabela.
Não obstante, a bola era trocada a duas velocidades, devagar e devagarinho, e quando se aproximavam da baliza adversária tudo era solução, menos rematar, numa demonstração de falta de confiança assinalável.
Do lado dos gregos, fazer passar o tempo era evidente, pelo que só nos últimos cinco minutos da primeira parte houve oportunidades. Primeiro pelo FC do Porto, numa jogada em que Nehuen Perez não conseguiu finalizar, e no minuto seguinte Mouzakitis com remate fora da área a que Diogo Costa respondeu bem.
Na metade complementar foram os gregos que surgiram mais afoitos, mas o marasmo ia-se mantendo até que aos 59 minutos Gonçalo Borges entrou a substituir Pepê, e logo na primeira vez que tocou na bola centrou a preceito, embora Mora tivessem desperdiçado a oportunidade. A partir daí houve um pouco mais de rapidez, mas faltou, imenso, a lucidez, e como diz o ditado quem não marca sofre, pelo que apesar de pouco ou nada fazer para isso, o Olympiacos se pôs em vantagem aos 79 minutos, por Kaabi, aproveitando um desentendimento entre Nehuen e Zé Pedro que, entretanto, tinha sido chamado a jogo, servindo a derrota para exemplificar em pleno o mau momento da equipa, sem força, sem entendimento, sem garra, e sobretudo sem ideias de jogo que materializem o seu futebol que chega a ser confrangedor quando a maior parte das vezes em boa posição para rematar, qualquer jogador olha para o lado e passa para um posterior centro, que na maior parte das vezes nem chega a acontecer, porque a bola não chegou corretamente, ou quem a recebe acaba por a perder. Sem dúvida dos piores jogos a que assistimos neste estádio com as camisolas azuis e brancas.
Com este resultado o FC do Porto fica, provisoriamente na 21ª posição, com probabilidade de descer ainda mais após os restantes jogos da jornada, estando obrigado a vencer na última jornada frente ao Macabi, sob risco de nem sequer continuar na europa.
Uma nota final para o registo negativa da quarta derrota consecutiva dos Dragões, o que não acontecia há, nada mais, nada menos que 60 anos. Aparentemente chega em breve um novo treinador ao Dragão, “fora da caixa” segundo se diz, e bem precisa de o ser pois ao ponto de miséria que chegou o futebol portista, além de fora da caixa diríamos que precisa de operar milagres para recuperar um dos clubes, da esfera dos pequenos grandes da europa, com melhor currículo até aqui.
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