Liga Europa: FC do Porto teve o pássaro na mão, mas deixou-o fugir

Considerando que o historial de FC do Porto e Manchester Unided nas competições europeias faz delas duas das principais candidatas a vencer esta edição da Liga Europa, então o jogo desta noite no Dragão, de certa forma poderia ser considerada uma final antecipada. E de certa forma foi isso que aconteceu, com vantagem inicial do Manchester, recuperação do FC do Porto, para no final terminar em empate a três.

Jogando em casa os Dragões entraram a fazer “peito”, a ter posse, mais adiantados e até a ter hipótese de marcar, contudo, aos 7 minutos, numa transição rápida, foi o Manchester United que fez o golo, por Rashford, assistido por Eriksen, quando rematou de pé esquerdo junto ao poste do mesmo lado, e Diogo Costa, um pouco mal batido, não conseguiu conter o remate com a bola a passar debaixo do seu pé.

Era um balde de água fria no Dragão, que passou a gelada quando, aos 20 minutos, novamente contra a corrente do jogo, Hojlund fez o segundo, desta feita por assistência de Rashford, com a bola a entrar quase da mesma forma que a do primeiro golo.

De repente os adeptos do FC do Porto sentiam o mesmo que na final da Supertaça, com a equipa a jogar mais, mas a sofrer golos. Talvez com igual resiliência e lembrando esse jogo épico, o FC do Porto continuou a jogar com sinal mais, e aos 27 minutos acabaria por reduzir, por Pepê, após ressalto a defesa de Onana, por remate anterior de Samu.

Mais do que renascer a esperança era o sinal para forçar ainda mais, e foi o que aconteceu, pois, logo a seguir, aos 34 minutos, chegou ao empate, e quem mais para finalizar: Samu, o jovem espanhol que desde que entrou na equipa, não passa nenhum jogo sem marcar!

Foi o delírio num estádio cheio como um ovo, com uma assistência recorde de 49.211, e uma segunda parte pela frente, ao mesmo tempo de esperança e de grande incerteza. Não bastava jogar mais, pois os ingleses eram um perigo constante, especialmente nas transições rápidas.

Mal começou a etapa complementar o Porto poderia ter marcado por Moura, igualmente numa transição em que surgiu sozinho frente a Onana. Não conseguiu, mas logo a seguir, Pepê centrou na direita onde apareceu Samu a fugir à marcação da defesa, e a rematar ao primeiro poste sem qualquer hipótese, uma vez que conseguiu enfiar a bola com força junto ao canto superior direito.

Iam decorridos apenas 50 minutos de jogo, e o FC do Porto passava para a frente do marcador! Com a nota suplementar de, pelo FC do Porto, Samu fazer o seu terceiro golo em dois jogos na prova, e chegar aos 7 golos nos primeiros 6 jogos, igualando Soares e Pena com a mesma marca.

Com esta vantagem os Dragões tinham os 3 pontos quase na mão, até porque aos 81 minutos o Manchester United ficou reduzido a 10 unidades por expulsão de Bruno Fernandes aos 81 minutos, após entrada perigosa, quando já tinha um amarelo.

Mas não foi o que aconteceu, e já aos 91 minutos, na marcação de um canto, Maguire subiu mais alto e forte, e desviou para o fundo das redes, restabelecendo o empate e fechando o resultado, ao mesmo tempo que selava seis golos sofridos pelos Dragões nas duas primeiras jornadas em provas europeias, algo que ainda que também tinha acontecido em 2022, com 2 golos do Atlético de Madrid, e 4 do Brugge, em casa, com estes a serem “devolvidos” na Bélgica.

Foi um final algo amargo para o público da casa que acorreu em massa, e o reinício da festa na bancada dos adeptos do Manchester, até aí algo silenciosos.

Com este resultado ambas as equipas continuam sem vencer. Na tabela classificativa, o Manchester fica agora em 21º lugar com dois pontos relativos a dois empates, e o FC do Porto em 24º, com apenas um ponto. A liderança é repartida por 5 equipas que venceram os dois jogos, com o goal-average a ditar a ordem, Lazio, Lyon, Tottenham, FCSB, e Anderlecht. Curiosamente o SC Braga com uma vitória e uma derrota, está à frente do Manchester, no 20º posto.