Germano Vieira Silva Torres, médico, um nome a recordar
Rubrica Maiahoje “Há 20 anos” – edição 18 de 28 de outubro de 2000.
A 22 de outubro, bem no ponto de convergência das três freguesias que compunham a “Cidade da Maia” era inaugurado o Monumento ao Lavrador, obra da autoria do arquitecto José Carlos Portugal que visava homenagear uma das figuras simbólicas mais importantes da Maia – O Lavrador.
A 20 de outubro celebrava-se os 25 anos de existência da icónica Cooperativa Agrícola da Maia, organização que tem zelado pelos interesses dos lavradores da Maia e que sucedeu à extinta instituição denominada “Grémio de Lavoura”.
No Fórum da Maia fez-se a festa do Festival Internacional de Teatro Cómico foi na Maia, na altura na sexta edição, tendo-se mais uma vez revelado um verdadeiro sucesso. O público lotou a quase totalidade dos espectáculos, mostrando que a qualidade tem lugar marcado na Maia.
Liderada pelo juiz Fernando Araújo Barros, presidente da associação, eram constituídos os corpos sociais da Associação Jurídica da Maia. Na altura o presidente referiu que esta tem como finalidade essencial estabelecer o relacionamento entre os vários profissionais da justiça maiatos.
Nota de pesar para o falecimento do médico Germano Vieira Silva Torres, por muitos considerado um «exemplo de dignidade, como médico e Homem». A Maia já possuíra a felicidade de usufruir de um Médico humanista que a todos se entregara com o coração, a alma, o saber, a intuição clínica e a generosidade que a todos beneficiava, sobretudo aos mais pobres para os quais era, às vezes, a única riqueza que conquistavam, ironicamente, no sofrimento.
Germano Torres teve 13 filhos, foi médico do Lar do Comercio durante mais de 20 anos. Não aceitou ser presidente da CM Maia, como sucessor do Coronel Carlos Moreira que sucedera a Carlos Felgueiras. Fez carreira política nacional como presidente da Acção Nacional Popular no tempo de Marcelo Caetano de quem era adepto das ideias “revolucionárias”. Pai de um estudo da reformulação do sistema de saúde no Estado Novo, que não foi seguido pela tutela, propunha: desburocratização, humanização e de aproximação médico-doente.
No desporto o destaque ia para o nascimento do Clube de Natação da Maia, cuja primeira presidente foi Eunice Lebre. Apontava como objectivos a competição e no prazo de dois anos chegar à 2ª Divisão Nacional. Na altura, o presidente Vieira de Carvalho apontava dois anos para a construção do “Complexo de Piscinas de Vermoim”, que seria o maior da Península Ibérica, uma obra de 4 milhões de contos (20 milhões de euros), que viria mais tarde a ser demolida porque alegadamente o governo não quis comparticipar a sua parte.
Ainda no desporto, entre as várias notícias de competições há ainda a destacar uma entrevista a Lourenço França, na altura treinador de Acrobática no Ginásio Clube da Maia.
Em Silva Escura realizava-se o 1º Grande Prémio Centro Equestre da Maia, que teve a participação de meia centena de equinos e de uma assistência calculada em duas mil pessoas, que deu o tom à festa.
Comentários (1)
Bom dia sem dúvida um grande maiato exemplo a seguir, excelente médico, amigo do seu amigo, sempre ao dispor de toda a população maiata, por isso presto lhe por este meio toda a minha consideração e respeito por uma pessoa especial que tanta falta faz a todos os maiatos. Até sempre. Um abraço a toda a família.