Futsal: Jogo polémico entre o “Viseu 2001” e o “Maia FC”
Ontem, domingo 13 de Junho, decorreu a partir das 18 horas no pavilhão desportivo Cidade de Viseu, a 2º jornada da Série B da Taça Nacional Sénior de Futsal Masculino, jogo que opôs as formação do “Viseu 2001 Adsc “B”” e do “Maia FC”, partida arbitrada por Tiago Francisco e Rafael Silva.
O jogo foi interrompido pelo árbitro quando aparentemente faltavam 3 segundos para o final e a equipa visiense acabava de empatar a partida a três bolas, quando segundos antes o Maia tinha logrado colocar-se em vantagem.
Nas redes sociais circula um vídeo, disponível no Youtube “Viseu 2001 – canal oficial”, onde se ouve trocas de palavras e os habituais empurrões quando se gera confusão, que aparentemente terá tido início na bancada, em jogo que supostamente deveria ser “a porta fechada”.
Na mesma rede social onde é publicado o vídeo, alegadamente o canal oficial do clube, titula «Jogadores do Viseu 2001 B agredidos por jogadores do Maia Futsal» e «vergonha».
Lê-se ainda a justificar as imagens que «A transmissão foi autorizada pela FPF» e acusam «um elemento do Maia tentou impedir a filmagem dos instantes finais quando os jogadores do Maia perseguiram e agrediram jogadores do Viseu», escreveram.
As imagens amadoras não são minimamente esclarecedoras dos factos, mas os autores da publicação acreditam que «foram pontapeadas estruturas do pavilhão, jogadores do Maia ameaçaram quem estava a filmar. Invadiram o balneário do Viseu».
No site da Federação, apenas se alude ao jogo como «interrompido», não tendo referência oficial ao tempo decorrido, bem como eventuais ações disciplinares. No entanto na referida página da rede social falam da alegada expulsão de dois jogadores do Maia «o internacional Formiga e outro jogador que não identificámos. Não foi expulso nenhum jogador do Viseu 2001», dizem, informação que, no entanto, não conseguimos confirmar.
O Maia FC já reagiu, também através das redes sociais, desta feita no Facebook, com o título “Repúdio”.
Os maiatos desabafam um «Sentimento que julgávamos ser impossível de vivenciar, ainda mais tratando-se de um clube da 1ª Liga de Futsal. Efetivamente esperava-se outro comportamento dos adeptos e dos jogadores do Viseu 2001», dizem alegando que os adeptos e jogadores viseenses «ao longo de todo o jogo, injuriaram, ofenderam e provocaram os jogadores e equipa técnica do Maia FC»
Num jogo sem policiamento, para os maiatos fica por explicar «como é possível que mais de 10 elementos afetos ao Viseu 2001, pudessem permanecer na bancada, mesmo por cima do banco de suplentes do Maia?», questionam e acrescentam «os regulamentos não o permitem.
No Facebook alegam ainda que «a folha de presenças, com os nomes e contactos de quem estava no interior do pavilhão, obrigatório de acordo com as normas da DGS, como que por magia, desapareceu!!!», acusam.
Para os maiatos «os primeiros e verdadeiros provocadores de toda esta situação, foram convidados a sair do pavilhão e nunca mais ninguém os viu. Foram constantes as ofensas vindas da bancada, foram constantes as provocações dos próprios jogadores, tal como se comprova pelas imagens, mas o que fica são cenas lamentáveis e uma tentativa, infantil de um diretor do Viseu 2001, que estava a filmar, em distorcer e camuflar um comportamento a todos os níveis reprovável», dizem e acrescentam «apenas filmou e mostrou o que lhe interessava e apesar de ter sido interpelado para que não continuasse a filmar, pois o jogo já tinha terminado, continuou a faze-lo, mesmo pondo em causa o direito à privacidade de cada um dos cidadãos presentes nesse recinto desportivo», dizem
A terminar os maiatos escrevem que «no desporto não vale tudo, o sentimento de impunidade do Viseu 2001, era, e é por demais evidente, e convenhamos jogaram e continuam a jogar para que, mesmo fora da quadra, sem qualquer mérito desportivo, consigam subir de divisão.
Esperamos que o Conselho de Disciplina da Federação avalie e atue em conformidade», dizem a terminar.
Bruno Magalhães, director do Maia FC disse ao MaiaHoje que «o nosso clube é a vítima» e justificou «jogamos o tempo todo a ser injuriados por uma “comitiva” que não podia estar ali e quando chegou a hora de identificar, desapareceram, aliás o funcionário do pavilhão e a própria segurança garantiram não ter o documento que identifica quem lá estava e naturalmente os infractores. No golo do empate vêm festejar e confrontar-nos na nossa área técnica, não aguentamos e podemos ter verbalizado essa ofensa e indignação. Temos a nossa quota parte das responsabilidades, mas nada com a haver com agressões que não existiram e muito menos com a destruição de equipamento», disse o dirigente.
«Tudo não passa de uma manobra de intimidação para a última jornada, com o já aprovado GD Beira-Ria de Aveiro a defrontar-nos e o Viseu a jogar com o A.A. Leça que tem zero pontos. Ora a ser validado o empate, fazemos 4 pontos, teríamos que perder, o Viseu ganhar e ainda ter diferença de golos, para o Viseu ser apurado, pelo que são muitos “se” para eles», comentou Bruno Magalhães.
Na série B, o próximo e decisivo jogo vai-se disputar no Pavilhão Municipal da Maia, sábado 19 de junho, a partir das 18 horas contra o GD Beira-Ria e em Viseu, à mesma hora, os locais recebem A. Académica de Leça.
Foto: DR
Deixe uma resposta