Faturação aumenta com desconfinamento apesar de se gastar menos em cada compra
Apesar de ainda se encontrarem em valores abaixo dos registados no pré-pandemia, a faturação total dos negócios em Portugal entrou em recuperação com o início do desconfinamento.
Esta é umas das principais conclusões do mais recente relatório REDUNIQ Insights, que indica um aumento de 4 pontos percentuais na faturação nacional entre fevereiro e março deste ano (de -12% para -8%), uma realidade que reflete ainda uma quebra de 20% em comparação com o período pré-Covid determinada, sobretudo, pela ausência de consumo estrangeiro (-76%).
Contudo, comparando a realidade deste primeiro mês de desconfinamento com os resultados do mesmo período de 2020 percebemos uma inequívoca melhoria (+41%) dado que, em 2021 estamos a desconfinar e no ano passado ainda estávamos confinados.
Em termos setoriais, entre 14 de março e 4 de abril, esta ligeira recuperação da faturação fez-se sentir com mais força na categoria de Cabeleireiros, Saúde, Moda e Perfumarias que, quando em comparação com igual período de 2020, cresceram, respetivamente, 1781%, 581%, 339% e 294%.
No entanto, o relatório indica que é necessário ter alguma cautela na análise que se pode fazer destes dados, uma vez que estas atividades estavam, entre 15 de março a 4 de Abril de 2020, fechadas, com níveis de faturação praticamente zero.
Portugueses estão a gastar menos em cada compra efetuada
Outra das grandes notícias trazidas pelo relatório é a diminuição do valor médio gasto por cada português nas suas compras.
Segundo a REDUNIQ Insights, o ticket médio (valor médio gasto em cada compra) está nos valores mais baixos de sempre desde o início de 2020 (32€), menos um euro do que foi registado no período que mediou entre 15 de janeiro e 14 de março deste ano (2º Confinamento geral) e menos 7,2 euros do que o valor mais alto de ticket médio (39,2€) alcançado durante o primeiro confinamento geral, entre março e maio de 2020.
Na base desta retração no consumo estão fatores tão diversos como a maior preocupação das famílias em poupar face às dificuldades financeiras que podem vir a enfrentar, a retoma de alguma normalidade no momento de consumo (fim da necessidade de fazer compras tão avultadas pelo receio de fim de stock ou por receio de contágio nos estabelecimentos) e a redução do poder de compra, sobretudo das classes mais baixas da sociedade.
Os consumidores portugueses podem estar a gastar menos, mas a confiança que depositam na tecnologia contactless continua em alta.
Desde o início da pandemia, os pagamentos contactless tem vindo a crescer exponencialmente e a tornar-se um hábito de pagamento de muito portugueses e os números do relatório REDUNIQ Insights sublinham-no.
No primeiro trimestre de 2021 (em confinamento), 42% dos pagamentos efetuados na rede de aceitação da REDUNIQ realizaram-se através desta tecnologia, 4 vezes mais do que no período homólogo de 2020 e cerca de 10 vezes mais do que em 2019.
Pela maior rapidez, comodidade e higiene que os pagamentos contactless garantem a clientes e comerciantes, este meio que se processa mediante a aproximação de um cartão contactless a um terminal de pagamento automático, tornou-se uma alternativa fácil e segura para muitos portugueses assumindo-se como o futuro dos pagamentos.
Esta verdadeira democratização do contactless alicerçada pelo crescimento sustentado que tem experienciado ao longo do último ano leva, inevitavelmente, à necessidade do sistema retalhista nacional de equipar os seus negócios com esta tecnologia para fazer face às novas exigências dos seus consumidores.
A REDUNIQ tem um papel fundamental em todo este processo. Através da disponibilização de terminais de pagamento automático (TPA) que permitem aos comerciantes aceitar transações com recurso à tecnologia contactless, assim, a REDUNIQ está a ajudar a transformar o panorama do setor dos pagamentos em Portugal.
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