«Cidadãos críticos, exigentes! É disto que a democracia precisa»
Iniciativa da Câmara Municipal da Maia, que discute problemas do território, realizou Open Day sobre a Siderurgia Nacional.
No passado dia 11 de outubro, realizou-se o “Folgosa e São Pedro Fins, Open Day Siderurgia”, evento que contou com a presença de José Carlos Mota, professor da Universidade de Aveiro; Vítor Ramalho e Alvarinho Sampaio, respetivamente presidentes das Juntas de Freguesia de Folgosa e São Pedro Fins; Marta Peneda, vereadora da Câmara Municipal com o pelouro do Ambiente, e Helena Santos, em representação do grupo Megasa e SN Maia – Siderurgia Nacional, S.A.
A vereadora Marta Peneda introduziu a temática, seguindo-se uma apresentação em PowerPoint sobre a Siderurgia, expondo à população a história da SN Maia, a sua capacidade de produção, investimentos no Município, exportações e a reciclagem de recursos materiais, produzindo aço através de sucata.
Segundo Helena Santos, representante da empresa, a Siderurgia «contribui para a comunidade, ela não fechou as portas, pelo contrário, abriu-as a todos».
Após essa apresentação, houve perguntas e reclamações por parte da população, sendo que a maioria mencionou o assunto da poluição nas áreas de S. Pedro Fins e Folgosa, que são as mais afetadas pelos problemas da Siderurgia. Entre as reclamações estão comentários como «não podem por o capitalismo primeiro e as pessoas em segundo», «eu vou ás janelas de casa e reparo no pó negro que há nelas» e «eu tenho que dormir usando tampões, porque de outra maneira eu não consigo».
No final do Open Day, a Vereadora, explicou que «não há nada dito aqui que não fosse do nosso conhecimento». Marta Peneda pediu à população para que considerasse a atitude da Siderurgia, porque, segundo a própria «são poucas as empresas que se dão a este trabalho», também continua dizendo que «nota-se que houve uma melhoria e muito investimento por parte da siderurgia, mas os problemas ainda não estão resolvidos, nós queremos que vocês sintam que estamos todos a trabalhar em sintonia para que percebam as melhorias da siderurgia».
O professor José Carlos Mota ainda disse que «recebemos mais de uma centena de propostas e nestes três fins de semana vamos ter várias ações nas freguesias», também continua dizendo que «este foi um processo participativo de uma enorme mobilização, estamos a falar de mais 1500 participantes, isto é um sinal de que, os cidadãos, quando são criadas as condições para participar eles aparecem, são críticos, exigentes, mas é disto que a democracia precisa».
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