Autarquia propõe reforçar equipa de vacinação com 10 enfermeiros
Centro de Vacinação de Gueifães, o segundo do município, vacina diariamente 2400 pessoas contra a Covid-19. Equipa poderá ser reforçada com dez enfermeiros, conforme proposta da autarquia maiata.
Abriu a 20 de abril, em Gueifães, com a capacidade diária de vacinação de 2400 cidadãos e pretende ser mais uma estrutura de combate à pandemia. Permitirá acelerar o processo de vacinação contra a Covid-19 no concelho da Maia, que apresenta já um ritmo acima dos valores nacionais.
«Neste momento encontramos-nos na fase dos 60+, já estamos a apanhar a faixa dos 60, mas é por auto agendamento, ou por indicação da Saúde 24, não somos nós necessariamente a chamar», referiu Marco Patinha, enfermeiro e coordenador do Centro de Vacinação de Gueifães, acrescentando que, «esta semana estivemos a vacinar com a Pfizer . A Johnson foi administrada durante apenas uma semana». Independentemente da marca da vacina, Marco Patinha acredita que o que é preciso é vacinar em massa e que «a vacina é necessária. Parámos tudo. Interrompemos projetos para nos dedicarmos inteiramente a isto».
Portugal prevê atingir a imunidade de grupo no final de julho, algo que o enfermeiro considera «precoce», apesar de adiantar que a vacinação no concelho vai no bom caminho «está a correr melhor do que estava à espera. Temos vacinado muitas pessoas diariamente», por isso, «conto que, para setembro, poucos estejam por vacinar», disse.
Questionado sobre como se gere todo o processo quando há falta de vacinas, o coordenador responde que «não se gere, é parar, não temos alternativa. Se temos vacinas diferentes, como hoje que estamos a administrar Pfizer, e ontem trouxeram Moderna (e que precisam de 24 a 48 horas de descongelamento), portanto, não as posso usar hoje, mas caso precise, vou alternar. Quando só temos aquelas contadas, não temos alternativa e é preciso parar», expôs. O cuidado de não desperdiçarem vacinas é uma preocupação constante que diz terem sempre conseguido até à data «tentamos articular entre Maia e Valongo para esgotar a necessidade de usar as vacinas porque, depois delas entrarem aqui, têm validade, e nós temos conseguido não as desperdiçar».
Constituem a equipa 13 enfermeiros, 2 administrativos e 2 médicos, a que se juntam ainda os elementos da Proteção Civil. Mas, Marco Patinha garante que «não há falta de pessoal, temos, isso sim, profissionais esgotados física e psicologicamente porque estamos a trabalhar a um ritmo alucinante».
A Câmara Municipal da Maia prevê contratar mais dez enfermeiros para que o processo de vacinação seja o mais célere possível.
Maiatos ansiosos pela vacinação
Instalado no Pavilhão Municipal de Gueifães, tem doze boxes de inoculação, com dois turnos, ambos com capacidade para vacinar 1200 cidadãos diariamente. Este novo centro junta-se às instalações em Gemunde, em funcionamento desde final de fevereiro que, em cada dia, tem uma capacidade de vacinação de 600 pessoas. Com os dois centros de vacinação contra a COVID-19, o município da Maia assegura a vacinação diária de três mil cidadãos.
Cristina Campeão tem 36 anos, tomou a vacina da Pfizer, e explica que a sua vacinação se insere nesta fase por ter diabetes tipo 1. A maiata revela que estava ansiosa para receber a vacina e que «não custa tentarmos e fazermos a nossa parte», realçando a rapidez, organização e eficácia do processo.
Artur Sousa é residente em Moreira e foi vacinado no mesmo dia. Diz que não hesitou em tomar a vacina por ser «um meio de proteção, que faz sentido e que é necessário». O maiato de 55 anos deixa uma mensagem a quem esteja renitente em dar o passo da vacinação «Não devem estar porque, realmente, a melhor forma de nos defendermos contra este vírus é a vacina, não há outra conhecida, e ainda que possamos contrair o vírus na mesma e que ele possa atuar sobre nós, esta vacina confere-nos uma imunidade e uma diminuição dos sintomas da doença, se ela vier a ocorrer. Portanto, devem fazê-lo o quanto antes, dentro da sua vez».
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