Serão os cartões de crédito a chave do E-commerce?
Segundo o relatório “Q1 Shopping Index” elaborado pela especialista global em CRM (Customer Relationship Management) Salesforce, feito com base em dados recolhidos junto de mil milhões de compradores no primeiro trimestre de 2021, as receitas geradas pelo e-commerce cresceram globalmente 58% no primeiro trimestre deste ano face a igual período de 2020.
Impulsionadas quer pelo crescimento geral do tráfego online (27%) quer pelo aumento do gasto dos consumidores em sites (31%), os dados relativos ao comércio digital plasmados neste relatório evidenciam ainda uma outra tendência: a utilização crescente de dispositivos móveis nas compras online.
Durante o período em análise e face ao período homólogo, a utilização de dispositivos móveis (smartphones, tablets, smartwatches, etc.) nas compras em e-commerce mais do que duplicou em relação aos desktops (computadores tradicionais), categoria que, apesar de tudo, também registou um aumento do tráfego embora menos expressivo.
Para além de enviarem um forte sinal aos retalhistas para que continuem a dimensionar os seus investimentos no digital, os dados provenientes do documento “Q1 Shopping Index” mostram uma clara transformação dos hábitos de consumo que não se reflete, apenas, na forma como se compra, mas também no modo como se paga o que se compra.
Cartões de crédito no pagamento de compras online
O crescimento do e-commerce a nível global coloca em cima da mesa a questão dos cartões de crédito, método mais utilizado pelos “e-shoppers” no pagamento das compras online. Entre as razões para que tal aconteça está, logo à cabeça, a conveniência. Com recurso a um PC ou smartphone, pesquisamos, escolhemos e efetuamos o pagamento do que queremos comprar sem sair do sofá.
Novas regas de segurança
À conveniência junta-se a segurança. No início deste ano, entrou em vigor uma diretiva europeia que estabelece novas regras de segurança nas compras online com cartão de crédito.
Com a Diretiva Europeia de Serviços de Pagamentos (DSP2), assim se chama a diretiva, passa a ser requerido que os consumidores façam a sua autenticação através de palavra-passe, mensagem enviada para o telemóvel ou impressão digital ao contrário do que acontecia até aqui em que bastava introduzir as informações impressas nos cartões (pagamento (como, por exemplo, o número do cartão, a data de validade ou o código CVV/CVC) para concluir uma operação de pagamento de uma compra online.
À semelhança do que já acontecia com o homebanking, os bancos/prestadores de serviços de pagamento passam a solicitar a autenticação forte aos seus clientes sempre que estes realizam compras online com cartão e que, na prática, passa pela necessidade dos consumidores recorrerem a outros elementos de segurança que não as informações impressas no seu cartão como, por exemplo, uma password, uma impressão digital (se usar o smartphone ou o tablet) ou um código enviado por SMS para confirmarem um pagamento.
Assim, passa a ser solicitado ao e-shopper dois ou mais elementos pertencentes às categorias de “conhecimento” (password), de “posse” (código enviado por SMS para o telemóvel, provando, desta forma, a posse do dispositivo), e de “inerência” (impressão digital, por exemplo) pertencendo a escolha dos elementos a introduzir aos bancos/prestadores de serviços de pagamento. Porém, estes elementos terão que pertencer, obrigatoriamente, a duas das três categorias descritas.
Apesar destas novas regras solidificarem o estatuto do cartão de crédito como um meio seguro de pagar compras online, o consumidor não se pode esquecer de continuar a tomar algumas preocupações, tais como procurar sites fidedignos com certificado SSL (Secure Sockets Layer), escolher passwords fortes e não utilizar redes públicas.
Cashback
Falamos de conveniência e de segurança, mas há ainda um outro ponto que não pode nem deve ser descurado e que se prende com a possibilidade de receber uma parte do dinheiro que se gastou em compras online pagas com cartão de crédito: o cashback.
Ao utilizar um cartão de crédito com cashback nas suas compras online estará a garantir que uma parte do dinheiro que gastou lhe será devolvido mensalmente. Esta percentagem é pré-definida pelo banco ou pela instituição financeira que emitiu o cartão e varia, normalmente, entre 1% e 3%.
Quanto mais gasta, mais recebe, mas a poupança poderá ser ainda maior se, para além do cashback, estivermos também a falar de um cartão de crédito sem anuidade.
Este é o caso dos cartões de crédito Unibanco. Para além de valores de cashback que podem oscilar entre os 20 euros mensais para um montante de compras ou adiantamento de numerário a crédito igual a superior a 500 euros e os 5 euros mensais para um valor entre 100 e 299 euros em compras e adiantamentos, a oferta de anuidade é uma das muitas características destes cartões que juntam ainda pontos que valem prémios e descontos em combustíveis, moda e eletrodomésticos.
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