Enchente no Super Bock Arena para apoiar candidatura de André Villas-Boas
André Villas-Boas abriu a campanha na Alfandega do Porto onde juntou cerca de 700 pessoas. Esta noite encerrou-a no Super Bock Arena multiplicando em 10 vezes o número, e assim enchendo a emblemática sala polivalente da cidade do Porto. Naturalmente não seriam todos votantes, mas ajuda a compreender o fenómeno de um candidato a quem alguns não queriam perdoar a partida, após uma época em que tudo venceu como treinador, mas que terão sido rendidos por uma máquina de campanha profissional, organizada e estruturada, um discurso assertivo quase sem erros, e não menos importante um candidato abnegado em chegar a esta nova cadeira de sonho, (desta feita sem hipótese de qualquer transferência milionária, porque os presidentes não costumam ser transferíveis), mas também e o mais importante com novas ideias, apoiadas num elenco de bons profissionais de topo, escolhidos com critério e em “missão de salvamento do FC do Porto” como várias vezes sublinhou.
Num encerramento que foi preparado como se de um espetáculo se tratasse, as apresentações couberam, novamente, ao conhecido ator e apresentador lisboeta, mas portista de coração, Pedro Teixeira. A sessão começou com um discurso de António Tavares, candidato à mesa de Assembleia Geral, a que se seguiu Rui Pedroto, um dos candidatos a vice-presidente pela lista B, antes do fecho de André Villas-Boas, que intercalaram com as atuações do antigo guarda-redes do FC do Porto, Helton e a sua banda H1, e de Tatanka.
O primeiro orador, António Tavares, destacou que “o clube está vivo, mobilizou-se” lembrando que Pinto da Costa foi obrigado a fazer campanha, mesmo tendo prometido não o fazer. “Em 27 de Abril não se vota por André Villas-Boas, mas pelo futuro do FC Porto”, acrescentando, “Ao longo da campanha lemos e ouvimos muita coisa de que não gostámos. Uma delas foi chamarem-me traidor. Não sou! Sou portista, porque no FC Porto, só há portistas, e não são todos portuenses. O passado é importante, mas quero ser claro: temos muito orgulho do passado do FC Porto, e de quem o ajudou a construir, mas é tempo da maioria silenciosa dizer presente no dia 27.”
Já Rui Pedroto lembrou que o FC do Porto “não tem dono, pertence-nos!”, o que originou um levantamento dos apoiantes para entoar o conhecido cântico “O Porto é nosso, o Porto é nosso e há-de ser; O Porto é nosso até morrer”, defendendo ainda que esta candidatura resistiu à calúnia e impropérios, mas que nunca se deixou intimidar, rematando “A calúnia e a falsidade são a arma dos fracos.”
Chegada a vez do candidato a suceder aos 42 anos de Jorge Nuno Pinto da Costa, André Villas-Boas, começou por refutar a sua coragem, afirmando que essa coragem é inteira de quem o apoia, e por isso lhes agradece, porque essa força permitirá tirar o clube “das amarras e interesses” que levaram o FC do Porto a esta crise financeira.
Advertiu que esta é a hora, “a vossa hora”, pelo que devem “votar em liberdade, por um clube transparente organizado, estruturado, livre das sanguessugas que teimam em empurrá-lo para as profundezas.”
Já no final na sessão de entrevistas destaque para a resposta à questão sobre a renovação de Sérgio Conceição, que considerou mais um “ato de desespero, quando estamos a três dias das eleições”
Da parte desta candidatura terminaram assim as ações de campanha, pelo que resta esperar pelo fim de tarde de dia 27 para aferir os resultados da mesma.
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