Eleições do FC do Porto com Sábado bastante ativo
A campanha para as eleições do FC do Porto esteve hoje, sábado, bastante ativa, por parte das candidaturas de André Villas-Boas, e de Jorge Nuno Pinto da Costa. De manhã, na sede de campanha do primeiro, com Conversas à moda do Porto para debater o clássico que se realiza amanhã, e de tarde, no Sheraton, com apresentação de três dos candidatos à nova direção, e de dois dos eixos da candidatura.
A sessão matinal da candidatura de André Villas-Boas contou com a presença de cinco convidados, antigos atletas do clube por quem foram campeões: Alberto Babo, ex-jogador e treinador do basquetebol, José Meinedo da natação, Ricardo Moreira do andebol, Paulo Alves do hóquei em patins, e Rolando do futebol, que contaram diversas histórias dos seus percursos e vivências por detrás dos clássicos que disputaram com o rival de Lisboa, como por exemplo a vez em que Alberto Babo, e quase toda a equipa do FC do Porto jogou sob ordem de prisão por acontecimentos antes do inicio, de um jogo que esteve para já não se realizar, perdia por 20 a zero aos 5 minutos, e acabou a vencer a partida.
No uso da palavra Paulo Alves, formado no Sporting, tendo passado pelo Barcelos, passou sete anos no FC do Porto, que “adora” e afirma, “Quando se veste esta camisola e se ganha ao SLB é que se sabe o que é ser FCPorto. Gosto do FCPorto pela maneira das pessoas serem”.
Para José Meinedo o destaque na rivalidade acentua-se nas provas de natação com estafetas, e lamenta o facto de nos últimos 10 anos não ter havido sucesso desportivo como até aí acontecia.
Já para Ricardo Moreira, “para jogar contra o SLB a pressão transforma-se em motivação”, acreditando que apesar do atual atraso para o Sporting, ainda é possível chegar ao título.
Rolando, destacou a vitória na Luz que deu o título de 2011 em futebol, mas admitiu que ainda sentiu mais “os 45 minutos à Porto” da segunda parte do jogo da Taça desse ano em que o FC do Porto virou o resultado desfavorável em 2-0 da primeira mão no Dragão, vencendo na Luz por 3-1, “éramos uma equipa de bebés, treinada por uma criança” em referência à tenra idade do treinador que conquistou essa vitória, e atual candidato, André Villas-Boas.
As conversas terminaram com André Villas-Boas a lembrar que no jogo dos 5-0, não parava de incentivar os seus jogadores para chegar à meia-dúzia, pois já “tinha vivido, sentado na bancada, os 5-0 do jogo de 1996 na Luz, e adorava ter batido esse recorde”.
Falando sobre a candidatura, lembrou a necessidade de “construir modalidades femininas, e a importância da formação no projeto do FC do Porto, pelo sentido de pertença que se atinge nessas idades, e que se transforma numa vantagem competitiva”, fechando a declarar que “é preciso lançar as infraestruturas, e o Olival tem incluído no seu projeto um pavilhão”.
Da parte da tarde, no Sheraton, teve início a sessão Todos pelo Porto, reservada a convidados e imprensa, mas com transmissão streaming, onde foram apresentados os cinco eixos estratégicos da candidatura, a saber, transparência e boa governança, sustentabilidade e crescimento, formação e scouting, modalidades e futebol feminino, experiência e relação com os sócios e adeptos.
Após um vídeo com imagens dos feitos do clube, nomeadamente com realce para os 42 anos do atual presidente, que também fez boa parte da locução, foram apresentados “três ilustres portistas” que farão parte da nova direção da candidatura: Marta Massada, conhecida ex-comentadora televisiva, formada em medicina e especialista em ortopedia, António Oliveira, antigo jogador e treinador do clube, por quem foi várias vezes campeão, e João Rafel Koehler, empresário, investidor, e antigo presidente da ANJE.
As primeiras palavras de Marta Massada, foram para afirmar, “Estou firme e convictamente com Jorge Nuno Pinto da Costa, porque este é o rosto da resiliência e da não conformidade perante uma realidade que infelizmente permanece cada vez mais centralista”, terminando a dizer que lhe foi “dada a honra de uma missão que é lutar por um FC do Porto maior, e todos unidos somos mais fortes.”
António Oliveira, começou por lembrar que “o bom filho a casa torna”, acrescentando que nunca disse não ao FCPorto, e que foi uma honra aceitar o convite. “Acredito em Pinto da Costa, e sei o projeto. Não podemos deixar morrer os valores deste clube. Esta candidatura ainda sabe melhor que todos os outros, e estou comprometido em contribuir com todo o meu empenho.”
Por sua vez João Rafael Koehler, começou por pedir à comunicação social, um “trabalho isento e rigoroso, não pedimos favores, pedimos só respeito”, passando a “Reconhecer a generosidade de Pinto da Costa, porque não sabe dizer não ao clube”, e lembrando palavras recentes do atual presidente afirmou “não somos anjinhos, e Pinto da Costa é a pessoa mais bem colocada para fazer a transição entre presente e futuro, porque é quem teve a arte e o engenho de por o clube a ganhar durante 40 anos, fazendo dele o presidente com mais títulos no mundo”.
Passou de seguida a falar de dois dos cinco eixos da candidatura, começando pela “transparência e boa governança, onde vamos ser detalhados, apresentando dívidas e investimentos, com um comité de auditoria independente não só afeto à nossa lista mas a todas as sensibilidades do clube, que queremos mais aberto”.
Sobre o segundo eixo, sustentabilidade e crescimento, continuou, “Muito se tem falado sobre a dívida. Nós queremos e vamos estabilizar a situação financeira num prazo de dois anos e manter o clube competitivo. O FC do Porto não depende de um extrato bancário. Temos de aumentar as nossas receitas, criar academias noutras geografias, queremos criar um banco digital, reduzir 20% dos custos do clube, começando pela direção, pois temos de dar o exemplo”, e encerrou, “Se custa tanto sonhar alto como sonhar pequeno, então vamos sonhar alto”.
Por fim foi a vez de Jorge Nuno Pinto da Costa usar da palavra, começando por afirmar “só me candidato pela última vez à presidência do FC do Porto porque não quero deixar de terminar aquilo que é um grande sonho, a nossa Academia que ainda antes das eleições estará com os tratores, creio que até já está, no terreno. É uma necessidade para o nosso futuro. Os capitais próprios praticamente positivos, e positivos num tempo próximo, já apresentamos 35 milhões de lucro, e o futuro não é assustador, a não ser para quem não tem coragem”, rematou.
De seguida passou a elogiar os três candidatos apresentados, lembrando algumas das suas façanhas pessoais, profissionais, e ao serviço do clube, passou pelo conhecido discurso anti centralismo, “vergonhoso”, e fechou a lembrar as “pessoas com vidas difíceis em que as vitórias do FC do Porto ajudam a uma vida mais feliz. Com esses, com todos juntos todos pelo Porto vamos vencer e honrar o FCPorto”, concluiu.
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