FC do Porto: Pinto da Costa anunciou candidatura “Todos pelo Porto”, garantindo reversão dos capitais próprios negativos.
Será a 16ª vez que se candidata à liderança portista, desta feita com recurso a campanha e apresentação no Coliseu do Porto, o que não acontecia nas edições anteriores, por não haver oposição, ou não porem em perigo as suas sucessivas recandidaturas. Para além da repetição da candidatura de Nuno Lobo, com aparecimento de André Villas-Boas, os meios ao seu dispor e o profissionalismo da sua campanha, Pinto da Costa sentiu necessidade de arregimentar as hostes e lançar uma candidatura com recursos idênticos. Para o efeito escolheu o Coliseu do Porto, após uma primeira escolha para o Dragão Caixa, que lhe seria desaconselhada por correr o risco de ser “mal vista”.
Foi assim que Pinto da Costa subiu ao palco, perante cerca de 2.500 pessoas, entre as quais personalidades da cidade e do clube, bem como alguns antigos jogadores. Começou por fazer uma apresentação cronológica da sua ligação de décadas ao FC do Porto, terminando a rematar ser o seu currículo, que entendia fundamental para se apresentar como candidato, não resistindo a lembrar a “cadeira de sonho”, acrescentando: “Não basta dizer que sonhou com a cadeira de sonho, que hoje está aqui, e amanhã acolá, e abrir caminho para gente que nem é do clube o tome para fazer negócios”, numa primeira, de várias diretas a André Villas-Boas, que se estenderam a Angelino Ferreira, quando lembrou que durante a sua estadia no clube houve ordenados em atraso, como se não coincidisse com a sua presidência, e não repartisse essa responsabilidade.
Continuou garantindo que será o seu último mandato, “…sem dúvida. Mas vou cumpri-lo até ao fim!”, lembrando os seus 2.558 títulos conquistados em 42 anos de mandatos sucessivos, onde se incluem os 68 do futebol sénior masculino, mais do que os principais rivais juntos no mesmo período, que fazem dele o presidente mais titulado do futebol mundial.
Quanto ao que mais interessa para o futuro do clube, manifestou intenção de reequilibrar as contas, prometendo apresentar “dentro de uma ou duas semanas capitais próprios positivos”, bem como garantir que o centro de estágio será na Maia, “embora muitos o tenham tentado boicotar”.
Em momento algum do discurso mencionou os casos de polícia que afetaram vários elementos com ligação ao clube, mantendo, contudo, o discurso de vitimização perante a imprensa, normalmente do sul, mas desta feita com referência a meios da cidade do Porto, nomeadamente o JN, que acusou de “não escrever uma linha” sobre a sua candidatura, ao invés da cobertura dada a André Villas-Boas.
No final, desceu à plateia onde foi efusivamente abraçado pelos seus apoiantes, com destaque para Sérgio Conceição, que apesar de ter garantido que se iria manter à margem da campanha, surgiu a dar um emotivo abraço ao seu “pai desportivo” como algumas vezes apelidou Pinto da Costa.
Já à margem da sessão, quando questionado sobre o lider da claque Super Dragões, afirmou: “Naturalmente que sendo um momento desagradável para os visados, quero deixar um abraço ao Fernando Madureira e à sua mulher, porque os amigos são para as ocasiões. Não tenho de me imiscuir no problema judicial, nem tenho nada a ver com a vida das pessoas, mas como amigo mando-lhes um grande abraço de solidariedade porque eles foram fundamentais no apoio que deram às nossas equipas, e não é por estarem a passar um momento difícil que deixo de ser seu amigo”.
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